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EURES (EURopean Employment Services)
Notícia29 de janeiro de 2021Autoridade Europeia do Trabalho, Direção-Geral do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Inclusão4 min de leitura

O futuro do trabalho: profissionais do ensino

A Previsão de Competências do Cedefop permite-nos imaginar como será o mundo laboral dentro de 10 anos através da previsão das tendências futuras em matéria de emprego. Nesta série de artigos, debruçamo-nos sobre os possíveis desafios e alterações que enfrentarão determinadas profissões até 2030.

The future of work: Teaching professionals
Shutterstock

A área profissional em análise é o ensino. Os profissionais do ensino são responsáveis por lecionar aulas e apresentar seminários ou conferências em diferentes níveis de ensino e em várias disciplinas académicas, abrangendo tanto o ensino geral como o ensino e a formação profissionais (EFP).

Principais factos

  • Em 2018, cerca de 11 milhões de pessoas na UE trabalhavam como profissionais do ensino.
  • O emprego no ensino aumentou 2 % no período de 12 anos a partir de 2006, mas prevê-se que venha a diminuir em 2 % até 2030.
  • As chamadas «competências do século XXI» colocaram a tónica no ensino centrado no aluno e fixaram parâmetros de referência mais elevados em matéria de competências.
  • Em 2018, cerca de 84 % dos profissionais do ensino possuíam um nível elevado de qualificações.
  • A percentagem de mulheres empregadas nesta profissão foi de 71 % em 2018.

Funções e competências

As funções e competências principais, classificadas de forma simples por ordem de importância geral, são enumeradas a seguir:

  • Ensino, formação e orientação
  • Criatividade e capacidade de decisão
  • Aquisição e avaliação de informações
  • Literacia
  • Autonomia
  • Trabalho em equipa
  • Assistência e atendimento (isto é, prestação de apoio)
  • Vender e influenciar (isto é, usar capacidades persuasivas)
  • Utilização das TIC

Quais são as tendências para o futuro?

  • Terão de ser preenchidos cerca de 5,3 milhões de ofertas de emprego até 2030.
  • Prevê-se a criação de novos empregos a área do ensino e da formação em 13 dos 28 países analisados.
  • Prevê-se que o emprego cresça significativamente na Croácia, em Chipre, na França, na Hungria, na Irlanda e na Roménia e diminua consideravelmente na Bulgária, na Lituânia, na Polónia e em Portugal.
  • A percentagem de professores com um nível elevado de qualificações não deverá sofrer alterações no período 2018-2030.

Que fatores de mudança irão afetar as suas competências?

Os profissionais do ensino necessitam de conhecimentos específicos e de competências transversais. Devem também acompanhar a evolução das práticas. Os seguintes fatores são suscetíveis de alterar o seu perfil de competências nos próximos anos.

  • Ensino centrado no aluno: esta tendência, que se mantém, implicará que os professores tenham de desenvolver competências que os ajudem a trabalhar de forma colaborativa com os estudantes e a fornecer um ensino personalizado. Também precisarão das competências necessárias para se adaptarem à crescente atenção dada à criatividade, à inovação e ao empreendedorismo na política de educação.
  • Tecnologia: os progressos na aprendizagem digital levarão a que os professores necessitem de novas competências tecnológicas, como a capacidade de gerir plataformas de aprendizagem em linha, criar recursos educativos abertos e utilizar os meios de comunicação digitais. Na área do EFP, os professores podem necessitar de competências técnicas específicas para utilizar tecnologias avançadas.
  • Padrões demográficos: com apenas um terço dos profissionais do ensino com menos de 40 anos, alguns países podem ter níveis mais elevados de literacia em TIC entre os estudantes do que entre os professores. Estas lacunas de competências terão de ser colmatadas.
  • Globalização: os professores necessitam de uma visão global para ajudar os estudantes estudantes a desenvolver uma perspetiva internacional. Nas turmas cada vez mais diversificadas, têm também de compreender diferentes culturas e oferecer uma educação inclusiva.

Quase metade dos países da UE está também a colocar a tónica na melhoria das competências dos professores de ciências, tecnologias e matemática.

Como satisfazer estas necessidades de competências?

A educação e a formação serão essenciais para dar resposta às necessidades de competências dos professores, nomeadamente apoiando a sua adaptação à evolução tecnológica e ao ensino centrado no aluno.

Além disso, os responsáveis pelas políticas devem reunir-se para desenvolver abordagens abrangentes em matéria de diversidade, incluindo em colaboração com as partes interessadas, os pais e os grupos da comunidade. A Comissão está também a dar prioridade à profissionalização do pessoal do ensino pré-escolar.

Quer saber mais sobre a Previsão de Competências e o futuro dos empregos na Europa? Leia o nosso artigo de síntese para esta série e os nossos artigos sobre profissões jurídicas, sociais e culturais, gerentes de hotelaria, restauração e comércio e profissionais de TIC.

 

Ligações úteis:

Previsão de competências

Profissionais do ensino: oportunidades e desafios em matéria de competências (atualização de 2019)

O mercado de trabalho e o local de trabalho na UE na década de 2020

O futuro do trabalho:profissões jurídicas, sociais e culturais

O futuro do trabalho:gerentes de hotelaria, restauração e comércio

 

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